Artigo
publicado originalmente no Jornal Momento Espírita, do Centro Espírita Amor e
Caridade – Bauru SP – www.radioceac.com.br
Wellington
Balbo – Bauru SP
Gustavo
estava no centro espírita, porém seu pensamento caminhava pelo escritório, o
que fez com que perdesse as partes mais interessantes abordadas pelo orador na
palestra da noite. Mariana fazia o almoço em sua casa, mas sua cabeça andava
muito longe dali, mais precisamente no trabalho que executaria na faculdade
horas mais tarde, por isso não percebeu quando o arroz queimou. Jonas
reunira-se com os amigos, mas não prestara atenção em nada do que fora
conversado aquela noite, isso ocorreu porque a tela mental de Jonas viajava por
uma outra roda de amigos, totalmente diferente daquela em que ele se
encontrava.
Três
pessoas diferentes, três situações semelhantes: corpo presente, pensamento
ausente.
Quantas
vezes isto ocorre conosco? Quantas vezes estamos num local mas nosso pensamento
está em outro a milhares de quilômetros dali?
São
questões que muitas vezes nos passam despercebidas e não paramos para refletir
na importância de estarmos de corpo e alma onde quer que estejamos. Para efeito
de estudo ampliemos um pouco mais o tema. Não estaremos mais sozinhos, mas
integrados num ambiente onde várias pessoas se reúnem para objetivos comuns.
Vejamos: imaginemos que numa reunião mediúnica, por exemplo, não apenas um
indivíduo, mas a metade deles está ali só de corpo presente, com o pensamento
em descompasso dos objetivos da reunião. Será que a reunião obterá o mesmo
êxito do que se todos estiverem conectados e vibrando no mesmo diapasão? A resposta
está fácil: Não! A reunião não terá o mesmo sucesso porque parte de seus
integrantes está ali apenas de corpo presente, mas o pensamento ausente.
A força
do pensamento é ampliada sempre pelo número de pessoas que o alimentem e
sustentem. Logo, quanto mais pessoas estiverem comungando os mesmos propósitos,
mais força ele terá.
Observemos
que este comentário foi feito em relação à reunião mediúnica, todavia podemos
aplicá-lo dentro de qualquer campo de atuação em que uma assembléia de pessoas
se reúne para tratar de determinado tema.
Kardec,
na Revista Espírita de dezembro de 1868 tece valiosos comentários sobre a
importância da comunhão de pensamentos, ou seja, sobre a relevância de estarmos
sintonizados com os propósitos a que se propõe o grupo que nos ligamos.
E, como
sempre, o Codificador constrói uma interessante analogia ao comparar uma
assembléia de pessoas a uma orquestra em que cada integrante é responsável por
uma nota, de modo que se os integrantes da orquestra produzirem um som
harmônico a impressão será agradável, todavia se os sons forem discordantes a
impressão será penosa. O mesmo, pois, ocorre com o pensamento. Se o pensamento
do grupo está afinado os objetivos serão atingidos, porém se os pensamentos
estiverem viajando por terras estranhas o sucesso não virá.
Compreendemos,
então, a importância de estarmos de corpo e alma num local para que a harmonia
reine e obtenhamos resultados melhores não apenas em termos individuais, mas
também sob o aspecto coletivo.
Seja na
reunião mediúnica, no escritório, em casa ou qualquer outro local é fundamental
mantermos nosso pensamento junto ao corpo, a fim de que sozinhos ou em grupo
consigamos atingir os objetivos que foram traçados.
Um comentário:
Grande esclarecimento!
Não há meios de conseguir um bom trabalho sem concentração. Precisamos realmente nos concentrarmos naquilo que estamos fazendo. Quem tem facilidade de concentração pode vencer as dificuldades do ambiente em que se encontra e conseguir atingir propósitos melhores. É exatamente isso que viemos aqui na Terra para comprovar. Nosso planeta precisa de seres iluminados para ajudar o trabalho espiritual que está sendo feito incessantemente num processo de higienização espiritual do mesmo. Precisamos conseguir fazer da nossa parte para contribuirmos pelo menos um pouquinho com o nosso ambiente de vida, e não há mestre mais claro do que o Divino e Amado Mestre Jesus Cristo.
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