O materialismo é uma realidade do
mundo onde vivemos, e o problema maior nem
é o materialismo em si, mas quando ele existe no seio dos espiritualistas, que,
de maneira paradoxal, pensam e agem como materialistas.
Darei um exemplo bem claro e fácil
de compreender como o materialismo faz parte da cultura de uma sociedade que se
diz espiritualista.
Dia desses assisti uma entrevista
da modelo Gisele Bündchen em que ela afirmava ter passado pela síndrome do
pânico, algo que pode acontecer com qualquer um, independentemente da condição
socioeconômica.
O que me chamou mais atenção foram
os comentários das pessoas sobre o fato da modelo estar com síndrome do pânico.
Diziam o seguinte:
Como pode uma mulher linda e rica,
que tem tudo, estar com síndrome do pânico?
Vamos analisar o que está na
essência de uma pergunta deste tipo e indagar:
O que é ter tudo?
Em suma, a pergunta traz, na essência,
o materialismo em nível altíssimo, pois mostra o conceito de que ter tudo
resume -se a corpo bonito e conta bancária recheada.
Portanto, a modelo tem dinheiro e é
bela, mas isso é apenas a parte material, e não podemos limitar a existência
humana à moeda ou ao corpo, pois nós
somos muito mais do que matéria.
Nós somos muito mais do que um
corpo bonito. Somos muito mais do que a conta bancária, nós somos espíritos imortais.
Nós temos tantas outras situações e tantos outros contextos para vivenciar que se
torna incompreensível quando umj espiritualista fala que um indivíduo tem tudo porque
é bonito ou porque tem dinheiro. Não, ele
não tem udo.
Claro que como seres encarnados,
vivendo aqui na Terra, é importante ter a grana pra pagar o boleto que vence na
segunda-feira, mas a vida não se resume a isso.
Este, portanto, é o cerne da
questão, o espiritualista que pensa e age como um materialista. É muito
importante quebrar essa força materialista. É preciso, de fato, introduzir a
cultura da imortalidade da alma na sociedade.
E o que eu quero dizer com isto?
Quero dizer que nós precisamos
começar a pensar como espíritos imortais que somos.
A vida é muito mais do que beleza
do corpo e conta recheada.
Então, quando a cultura da
imortalidade da alma estiver entranhada em nossa sociedade vamos olhar para as
pessoas e não enxergar apenas um corpo bonito ou uma conta bancária, e isto vai
transformar as relações humanas para melhor.
Portanto, antes de pensar em
converter um materialista, ou, ainda, falar que a ciência pauta-se em bases
puramente materialistas, cabe-nos, como espiritualistas, viver e pensar além
dos rumos materialistas que segue a sociedade repleta de teóricos espiritualistas,
mas que, na prática, seguem a cartilha do materialismo.
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