Irmãos de ideal!


por Wellington Balbo – Bauru SP

No dia 18 de abril foi realizada em Praça Allan Kardec, aqui mesmo em Bauru, uma homenagem por ocasião dos 155 anos do lançamento da primeira edição de O Livro dos Espíritos. Havia um número considerável de pessoas no evento que durou aproximadamente 30 minutos. Fizeram o uso da palavra José Roberto Segalla, Moisés Rossi, César Moron, Eduardo Pereira e eu.

Gostei muito do clima, do ambiente. Falar de Espiritismo numa praça pública, ao som dos veículos que transitavam em velocidade frenética pelas ruas foi uma experiência nova e, diria, muito interessante. Os transeuntes passavam e ficavam curiosos, certamente muitos escutaram Moisés Rossi falar sobre o nascimento de O livro dos Espíritos, da coragem, ousadia e inteligência de Allan Kardec. Muita gente deve ter ficado com a pulga atrás da orelha, questionando-se: Allan Kardec? Quem é este homem? As palavras dos oradores em praça pública podem locomover algumas pessoas a pesquisar mais sobre a vida de Kardec e o legado deixado pelos sábios imortais. Não duvidemos disso. A palavra é uma força poderosa e não conseguimos medir com exatidão o seu alcance. Quem pode saber ao certo aonde vão parar as palavras ditas na praça Allan Kardec? Talvez, quem sabe, esclareça alguma mente, ou, ainda, conforte um coração. 

Importante registrar que no dia foi cogitado de a praça Allan Kardec servir para mais manifestações dos espíritas bauruenses, de modo a atrair um público diferente daqueles que vão ao centro espírita. Pensou-se, também, em promover no espaço uma feira do livro espírita. São idéias ótimas, sem dúvida. Todavia toda ideia precisa ser alimentada e regada transformando-se em ideal. Tudo que não se transforma em ideal morre ali mesmo, no nascedouro. Ideal, conforme consta no Aurélio, é o projeto de nossa mais alta aspiração. 

E será que aspiramos espalhar os benefícios da imortalidade da alma para além das paredes do centro espírita?
A maioria responderá afirmativamente a esta indagação. Entretanto, para que isto ocorra, repito, precisa transformar-se num ideal; ideal da família espírita bauruense que vê além, mas muito além do “seu centro”. 

E fiquei muito feliz porquanto encontrei representantes de diversas Casas Espíritas no evento, pessoas que estão olhando para além de “suas Casas”, pensando muito mais na Causa. Isso mostra iniciativa e vontade. Ótimo! Mas não pode parar por ai. Se quisermos, de fato, fazermos com que a mensagem espírita extrapole as divisas das Casas Espíritas é imperioso nos unirmos, pensarmos de forma sistêmica, arregaçarmos as mangas e participarmos de eventos que são promovidos por outros centros espíritas que não os que freqüentamos. Ou seja, sairmos de nosso reduto para nos encontrarmos com outros irmãos de ideal. Não irmãos de idéias, mas irmãos de ideal!

Pode ser em praça Allan Kardec ou qualquer outro espaço público, o importante é nos unirmos e fazermos com que o Espiritismo viaje pelo mundo, esclarecendo mentes e confortando corações.
Pensemos nisso!



Um comentário:

Patrícia ferreira arantes disse...

Parabéns a todos vocês que moram em Bauru por tudo que vem fazendo nesse sentido de divulgação e esclarecimento da verdade que a doutrina espírita traz pra todos nós.
Gostaria muito de poder participar com vocês.
Abraço a todos.