por Wellington Balbo
O governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin irá aumentar a fiscalização a bares com o objetivo de diminuir o consumo de álcool entre os menores de 18 anos. Esta medida ocorrerá ainda este ano. Para 2012 o foco será o adulto consumidor de bebida alcoólica. O intuito com relação ao público adulto não é proibir o consumo, mas evitá-lo de maneira exagerada, principalmente no tocante ao trânsito, pois muitas mortes foram causadas por motoristas embriagados.
Em pesquisa realizada pelo Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras drogas (Cratod) mostra que 40% dos adolescentes iniciaram sua aventura com as bebidas alcoólicas antes dos 11 anos bebericando nos copos de seus familiares.
Tivéssemos curiosidade em pesquisar sobre os malefícios sociais causados pelo álcool e ficaríamos espantados com os números de vidas que são ceifadas pela sua ingestão desmedida. Mais de 65% dos laudos de mortes violentas, por exemplo, constam que o indivíduo ingeriu bebida alcoólica.
O governador está certo em fiscalizar.
Mas o simples fato de fiscalizar o que faz o outro mostra que ainda não estamos educados o suficiente para gozarmos de um pouco mais de liberdade.
Planeta de provas e expiações, conforme nos ensina a Doutrina Espírita, ainda nos comprazemos com substâncias que intoxicam o corpo e entorpecem a alma.
Por isso ficamos atados a um mundo de fiscalização:
O governo fiscaliza a população.
O poder legislativo fiscaliza o executivo.
Pais fiscalizam filhos.
Cônjuges fiscalizam-se.
Quando atingiremos o patamar de vivermos em um mundo educado, longe dos fiscais?
Quando chegaremos ao ponto exato de sabermos os limites e agirmos com bom senso para não causarmos infelicidade a nós e danos aos outros?
A resposta às indagações propostas estão na recomendação de Allan Kardec:
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pelos esforços que ele faz para domar suas más inclinações”.
Há, ainda, em O Livro dos Espíritos, a questão 909 que Kardec assim pergunta aos sábios espirituais:
P- 909 - O homem poderia sempre vencer suas más tendências pelos seus esforços?
R - Sim, e algumas vezes com pouco esforço; é a vontade que lhe falta. Como são poucos dentre vós os que se esforçam!
Analisando com sinceridade as colocações expostas fica fácil saber a razão pela qual sofremos fiscalização de todos os tipos. É que se as rédeas forem soltas não saberemos lidar com um pouco mais de liberdade. Falta-nos o elementar: esforço para coibir as más inclinações.
Porém, eis que não cala a reflexão:
Até quando? Até quando teremos que ser fiscalizados, já que as leis de Deus estão escritas em nossa consciência. Até quando?
Um comentário:
Até o dia em que nós mesmo nos fiscalizarmos ... orai e vigiai
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