Um bom motivo para sair do centro

Nas viagens que realizamos em palestras de divulgação da DE colhemos diversas experiências com os confrades e confreiras. Experiências que não podem ficar apenas em nosso rol de conhecimento e, por isso, sentimo-nos com o dever de compartilhar com os demais.

E nessas visitas fui até Promissão, cidade no interior de SP com pouco mais de 30 mil habitantes e tive o prazer de verificar a união do movimento espírita do município.
A construção de centros espíritas ocorre em processo interessante: os espíritas verificam os bairros onde existe maior carência material e espiritual e, juntos, sob a égide do amor arregaçam as mangas e constroem centros espíritas. Maravilha! Um movimento unido, coeso, em compasso com os princípios de fraternidade, pois como foi relatado os centros espíritas são construídos porque há necessidade, ou seja, existe a carência material e espiritual em determinado bairro e lá vão os trabalhadores da seara do Cristo arregaçar as mangas para erguer o educandário da mente humana na Terra, conforme tão bem descreve o orador Raul Teixeira a respeito da Doutrina Espírita.

Observe, caro leitor:
os centros foram construídos não porque as divergências existiam aos montes e a convivência tornava-se insuportável. Nada disso, os centros espíritas da cidade foram construídos pelo simples e irrefutável motivo da necessidade.
Mais interessante:
houve o apoio das casas espíritas mais antigas. Dirigentes de outras instituições espíritas deram formidável exemplo de união e companheirismo, mostrando a conexão com os princípios de fraternidade preconizados pelo mestre Jesus. A propósito, as divergências existem porque somos seres diferentes, com pensamentos, sentimentos e visões de mundo completamente díspares. Portanto a divergência sempre estará presente, todavia que não seja ela o motivo das separações de agremiações espíritas como algumas vezes ocorre.

Não raro, ouço de companheiros:
Compramos um terreno e construímos um centro espírita.
Eu digo:
Ótimo! Mas o ótimo perde um pouco o brilho quando explicam as razões da iniciativa: Não havia mais clima para continuarmos na casa, não nos dávamos bem com a diretoria e a única alternativa que encontramos foi sair. Uma pena! Tudo poderia ser diferente se nos dispuséssemos a agir conforme ensina o Evangelho de Jesus, ou seja, compreendendo sempre e colaborando infinitamente, vencendo antipatias e conquistando simpatias e afetos.

Mas é óbvio que não podemos ignorar a realidade:
estamos na Terra, planeta de provas e expiações, cujos espíritos ainda se encontram em processo de lutas íntimas constantes. Todavia, isso não pode nem deve ser impeditivo para a harmonia.

Aliás, se além do Evangelho observássemos o que está escrito em a lei de sociedade na magnífica obra O livro dos Espíritos eliminaríamos a maioria dos problemas de relacionamento que tanto perturbam e inquietam as pessoas, atrapalhando, naturalmente o bom andamento das instituições.

O exemplo de Promissão mostrou que há, sim, um bom motivo para sairmos do centro: construirmos outro, sob as diretrizes do amor, deixando, portanto, as portas da outra instituição abertas para o intercâmbio salutar de experiências redentoras.

Pensemos nisso

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