Partido Nacional da Sobriedade Dia desses tive um sonho muito intrigante, em que um homem alto, magro, sobrancelhas grossas dizia: “ Sou do PNS – Partido Nacional da Sobriedade. E afirmava categórico: A sobriedade transformará o mundo. Acordei e não mais consegui me desvencilhar daquele sonho. Sobriedade? O que ele queria dizer? Não importa, porém busquei encontrar um significado para aquilo e entendi: falta sobriedade ao ser humano. Exemplo: quantos acidentes ocorrem que ceifam vidas porque faltou sobriedade ao volante? Bom, mas como o homem do sonho falava de Partido, obviamente lembrei-me das eleições. Estamos em ano eleitoral. Aliás, essa tal de eleição é ano sim ano não. E como são engraçados os programas eleitorais. Eu me divirto. Somente sem estar sóbrio para inventar aquelas músicas estranhas dos candidatos e chavões que sempre abordam os mesmos temas e de forma surrada. Às vezes acho que falta sobriedade aos candidatos, ou, melhor dizendo, criatividade. A impressão é que subestimam a inteligência dos eleitores. Falam sempre a mesma coisa e da mesma forma. O eleitor, então aturdido com músicas infantis e idéias repetitivas vota no mais honesto, carismático, no amigo, no amigo do amigo, ou, em alguns casos, leia-se eleições presidenciais de 1989, no mais bonito (Fernando Collor de Melo e Ronaldo Caiado que o digam). Mas, infelizmente, não há um questionamento importante sobre o principal: Governar é liderar, e para liderar não basta ser amigo, carismático ou honesto. É preciso mais. É necessário que o candidato além de honesto e com foco no coletivo seja competente, bom administrador e corajoso para tomar, quando necessário, medidas impopulares. Entretanto, observo que os candidatos dizem o que o povo quer ouvir, mas não o que o povo precisa ouvir. Ainda não vi nenhum candidato falar em horário eleitoral ou comício o seguinte: Ei, pessoal, eu não governo sozinho, ok? Ou vocês cooperam como cidadãos fazendo a parte que lhes compete, ou não iremos entrar nos trilhos da melhoria. Lamentavelmente vemos um jogo de ilusão nas campanhas, em que o povo é colocado como vítima e os postulantes a cargos públicos içados ao patamar de salva dores da pátria. Quanta bobagem! A maioria dos candidatos não está sóbria ao prosseguir com esse discurso. Será que está... deixa pra lá. Mas é bom pensarmos nessas questões, a fim de aprendermos a eleger os melhores, ou seja, os mais competentes, preparados e honestos. Quanto ao carisma, nem é tão necessário, por isso podemos trocá-lo pela sobriedade. O que acham?

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