O tecle tecle da Telefônica

Algumas empresas ainda vivem a Era do perde-ganha, ou seja, somente elas ganham e o consumidor perde. Desrespeitosas, essas empresas refletem naturalmente as tendências de suas lideranças desastradas. O respeito, atenção e bom trato estão condicionados à venda de seus produtos. Quando o cliente em potencial as contata o tapete vermelho é estendido. São promessas de bom atendimento e excelente prestação de Serviços. Quem dera fosse sempre assim!

Mas interessante é que elas continuam intrépidas a alardear suas virtudes, por isso frases de efeito são formuladas pelos magos do marketing visando capturar e sugestionar os desavisados: “O cliente é nossa razão de viver”. “O cliente em primeiro lugar”.

Porém, o mesmo não ocorre quando o consumidor, ou melhor dizendo o cliente, quer reclamar dos produtos ou da prestação do Serviço. O cliente, antes príncipe, agora se tornou um sapo rabugento e reclamão.

Ah, como é complicado achar alguém que responda pelos problemas e dê uma satisfação ao consumidor, como é difícil encontrar o Pai da Criança. Quando problemas ocorrem geralmente nos deparamos com a gélida voz do computador: “Para reparo de contas disque 2, para isso disque 3, para aquilo disque 4”.

Ninguém gosta de falar com máquina. Ninguém gosta de ficar teclando 1, 2, 3 ou 4, transitando por um labirinto indecifrável e cansativo de opções. O consumidor quer que resolvam seu problema, ou pelo menos lhe dêem alguma satisfação. O consumidor quer que alguém de carne e osso atenda sua ligação!

Ficar teclando 1, 2, 3 é tão chato que geralmente a pessoa cansa e desiste de reclamar. Será que essa dificuldade para falar com alguém de carne e osso é proposital? Acredito que sim. Esta semana liguei na Telefônica e depois de ficar zonzo de tanto teclar e só falar com máquina, uma luz surgiu no fim do túnel. Pensei: “Vou ligar e teclar a opção de compra dos produtos, assim vamos ver se alguém de carne e osso me atende. Bingo! Ao teclar a opção ADQUIRIR NOSSOS PRODUTOS, finalmente meu sonho foi realizado: uma pessoa de carne e osso me atendeu. Dessa vez não precisei falar com máquinas e quase ter LER de tanto apertar os teclados do telefone.

Formulei minha reclamação, a atendente obviamente disse que não era de sua competência e me transferiu para alguém do setor. Parece brincadeira, mas é verdade que em pleno Século XXI temos que recorrer a atalhos para tornar visível nossa insatisfação com Serviços bem pagos, mas de qualidade duvidosa. Fica ao leitor a dica para se desvencilhar do tecle tecle da Telefônica.

Um comentário:

Maria Luisa disse...

Meu amigo eu já não perco tempo, que alias tempo é dinheiro, ligo logo pra advogada e eles é que teclam 4.000 na conta da Luisa. Isso foi a 2 anos atras quando comprei umcelular na casa e video. O desrrespeito pelas pessoas está ficando comum parece até moda né? um forte abraço.